Gipsita (sulfato de calcio)
*Antônio Christino Pereira de Lyra Sobrinho *Antônio José Rodrigues do Amaral **José Orlando Câmara Dantas *José Robinson Alcoforado Dantas
1. GENERALIDADES
A gipsita, mineral abundante na natureza, é um sulfato de cálcio hidratado cuja fórmula química é CaSO4.2H2O, que geralmente ocorre associado à anidrita, sulfato de cálcio anidro CaSO4, que tem pouca expressão econômica. A gipsita tem dureza 2 na escala de Mohs, densidade 2,35, índice de refração 1,53, é bastante solúvel e sua cor é variável entre incolor, branca, cinza, amarronzada, a depender das impurezas contidas nos cristais. A sua composição química (ou estequiométrica) média apresenta 32,5% de CaO, 46,6% de SO3 e 20,9% de H2O. Trata-se de um mineral muito pouco resistente que, sob a ação do calor (em torno de 160oC), desidrata-se parcialmente, originando um semi-hidrato conhecido comercialmente como gesso (CaSO4.½H2O). Os termos “gipsita”, “gipso” e “gesso”, são freqüentemente usados como sinônimos. Todavia, a denominação gipsita é reconhecidamente a mais adequada ao mineral em estado natural, enquanto gesso é o termo mais apropriado para designar o produto calcinado. O mineral gipsita, geralmente, é encontrado em granulação fina a média, estratificada ou maciça, coloração em tons claros de amarelo e marrom, constituindo as denominadas rochas gipsíferas. Destas, fazem parte também outros minerais, eventuais e sempre em quantidades subordinadas, entre os quais se incluem anidrita, calcita, dolomita, halita, enxofre, quartzo e argilas. Na realidade são essas rochas que constituem o que se costuma designar de minério de gipsita, sempre que os teores de SO3 ou de gipsita presentes satisfazem às exigências do mercado consumidor. Quanto à forma de ocorrência, são conhecidas três variedades de gipsita: como cristais monoclínicos prismáticos ou tabulares, constitui a variedade chamada selenita; como agregado de fibras paralelas, mais ou menos longas, é denominada gipsita fibrosa e sob a forma maciça