ginasta circense
Ao entrarmos no mundo mágico do circo, precisamos entender um pouco melhor suas origens e desenvolvimento. Não podemos datar com exatidão quando a atividade corporal circense foi originada, no entanto, Torres, ao citar Ruiz, coloca que “... o remoto ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que, num dia de caça surpreendentemente farta, entrou na caverna dando pulos de alegria e despertando com suas caretas, o riso de seus companheiros de dificulda des” (RUIZ, R. apud TORRES, A. O Circo no Brasil. Rio de Janeiro: Funarte, Editora Atrações, 1998, p.13).
De acordo com Castro (1997), os primeiros registros sobre artes circenses foram encontrados na China, em pinturas de quase 5.000 anos onde aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia, por exemplo, era uma forma de treinamento para os guerreiros, cuja função social exigia agilidade, flexibilidade e força.
No entanto, as raízes da arte circense se fazem presentes em toda antiguidade clássica, desde os hipódromos da Grécia antiga até o grande Império Egípcio. Nas pirâ mides do Egito, os primeiros sinais dessa arte estão gravados em desenhos de domadores, equilibristas, malabaristas e contorcionistas.
O circo como componente da ginástica
Contudo, foi na Europa que o circo ganhou força e se desenvolveu. Os espetáculos tomaram impulso no Império Romano, em anfiteatros cujas apresentações mais tarde seriam classificadas como atividades circenses. A importância e a grandiosidade desses espetáculos podem ser demonstradas pelo Circo Máximo de Roma (40 a.C). No lugar em que esse Circo se instalava, foi criado, mais tarde, o Coliseu, que comportava mais de 87 mil espectadores e apresentava excentricidades como gladiadores, animais exóticos, engolidores de fogo, entre outros.
Porém, os espetáculos realizados no Coliseu tornaram-se sangrentos, com cristãos jogados às feras e isso teve como consequência uma redução no interesse pelas artes