Gil Vincente e Sua Ousada Farsa

1293 palavras 6 páginas
Instituto de Humanas
Letras (Português/Inglês)

Gil Vincente e Sua Ousada Farsa
Por:
Bárbara Dias
Camila Talita
Edson Varrial
Thales Valois
Thaynara Soares

Trabalho apresentado a Suzana Costa.
Duque de Caxias
04/2014
Resumo:
Intenta-se por intermédio desse trabalho, demonstrar, através da leitura da própria peça na íntegra, das aulas ministradas pela professora universitária e mestranda, Suzana Costa e através de alguns sites que estão registrados na bibliografia, uma análise crítica sobre a “Farsa Chamada Auto da Índia” (Vincente, Gil [publicada em 1509]). Procurou-se, para tal, entender qual o contexto histórico da época e a intenção do autor ao publicá-la.
Com uma quantidade de obras majoritariamente com fins didáticos sobre o Cristianismo e com autos sem espaçamentos longos de tempo, Gil Vincente em o Auto Da Índia, estréia em 1509 sua primeira farsa. Nota-se em sua peça a crítica à sociedade da época, principalmente quanto à degradação da família devido às “grandes navegações”, mas também a hipocrisia dos portugueses. Gil Vincente se adiantou e publicou sessenta anos antes de Camões uma crítica às navegações em busca de dinheiro e a conversão forçada ao Cristianismo e como conseqüência um declínio moral na sociedade portuguesa. Ele ousou em sua crítica, compondo uma personagem feminina e devassa, envolvida em um triangulo nada amoroso, mas essencialmente sexual em plena Idade Média, embora todo o tema tenha sido amenizado pelo teor cômico típico dos autos.
Gil Vincente não se inovou apenas em suas críticas e estilo (do auto curto à trama longa em espaços e diálogos), mas também em sua escolha por um texto escrito em sua maior parte na língua portuguesa, restringindo a língua espanhola no personagem Castelhano para dar-lhe verossimilhança.
As personagens da farsa são:
- Castelhano: o “canastrão” amante de Ama, que adora contar vantagem e exagera em seus discursos tanto na tentativa fracassada de erudição quanto nos

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