gestão de impactos socioambientais
Nas seções anteriores houve a preocupação de estabelecer relação entre os aspectos e impactos ambientais dos desastres naturais mais comuns (e.g. cheias, deslizamento de encostas), evidenciando a interdependência entre as dimensões ambiental, econômica e social da sustentabilidade. Este tipo de abordagem visa tornar patente a relação de cumplicidade entre as três dimensões de sustentabilidade supramencionadas e os quatro paradigmas do desastre como condição de partida para conceber e implementar um plano de gestão preventiva dos desastres. Este esforço é determinante na medida em que, conforme anteriormente referido, a redução da vulnerabilidade se alcança conduzindo uma abordagem sistêmica das complexas interações entre os fatores físicos, ambientais e sociais inerentes
Gestão preventiva
Não sendo humanamente possível adotar medidas capazes de eliminar a ocorrência dos fenômenos extremos suscetíveis de provocar desastres naturais, cumpre então consubstanciar a prática de planejamento preventivo de modo a mitigar os impactos sobre os sistemas ambientais e socioeconômicos, particularmente os que exibem maior vulnerabilidade, como contributo para aumento do grau de resiliência das comunidades locais.
A abordagem de gestão deve ser adaptativa e preventiva conforme as etapas que se indicam nesta seção. É importante ainda salientar que - em muitas situações - uma gestão preventiva eficiente pode requerer uma cooperação transfronteiriça (e.g. envolvendo vários países) nos casos que dependem da escala e natureza do desastre (e.g. cheias em bacias hidrográficas compartilhadas, incêndios florestais em zonas fronteiriças).
Desastres naturais requerem uma abordagem transdisciplinar visto que a sua prevenção e mitigação exige que haja uma cooperação técnico-científica entre diferentes áreas de ciências, de engenharias, econômicas, saúde, sociais e jurídicas, às quais se deve juntar o