Gesto da sustentabilidade
Ainda é muito cedo para cidadãos comuns, preocupados com os problemas ambientais em nível global, terem a convicção de que definitivamente a humanidade está começando um período de maior consciência no tocante ao uso dos recursos naturais. A idéia de que o homem é o senhor da natureza e para com ela tudo pode, calçado no antropocentrismo, está levando o planeta ao caos. Por conta de um processo industrialista predador, em desenvolvimento a partir dos dois últimos séculos, tal equilíbrio está sendo colocado em xeque, de modo que a complexa cadeia está prestes a romper-se. Desde o início do processo de industrialização, a população mundial cresceu, ampliando de forma significativa o consumo dos recursos naturais. Somente o processo produtivo, com base na exploração da natureza, cresceu mais vezes, num salto que fez agravar a situação de ameaça planetária, trazendo à tona a emergência da necessidade de uma forma alternativa de relação do homem com a sua casa, a terra.
A falta de um uma política global efetiva que aponte para um novo caminho é um fato trágico. A ONU poderia ser o órgão a estabelecer ou criar instâncias de gerenciamento para os problemas ambientais do planeta, mas não vem exercendo esse papel. E ela, a ONU, detentora de projetos voltados aos grandes problemas globais como os climas, o desflorestamento, a contaminação do ar, dos solos e das águas, as epidemias, os problemas dos jovens, dos idosos, as migrações, entre outros. Mas, regida pelo velho paradigma das nações que se fortaleceram sob o imperialismo, não avança no sentido de buscar solução concreta às contradições que assolam a terra. O exemplo mais flagrante desta situação é o desrespeito demonstrado por algumas nações com o descumprimento das resoluções de Kyoto, como os Estados Unidos da América, que não pretendem mudar suas sistemáticas de desenvolvimento econômico, em detrimento de uma política econômica sustentável.
Os problemas