Gestação Étnica - Darcy Ribeiro
Neobrasileiros Os neobrasileiros possuíam uma autoidentificação própria. Eles queriam incorporar as aldeias a uma só etnia. E apesar de uma determinada autossuficiência, ainda dependiam de artigos importados (sal, pólvora, metal, etc), por isso, mantinham vínculos mercantis. Seu primeiro bem de troca, era o pau-de-tinta. A aparência física desses neobrasileiros era muito mais indígena, que negra ou europeia, tomando por base seus hábitos e costumes. A língua materna era o tupí, até meados do século XVIII, porém, surgiu o NHEENGATU, mistura da língua indígena, com sotaque português. Existiam várias línguas, porém, as mais utilizadas eram o Tupi e o NHEENGATU. Ao longo dos anos, a subsistência continuou sendo indígena com contribuição europeia. As moradias, passaram a ser substituídas por taipa, e nas casas mais ricas, tijolo, pedra e móveis começaram a ser utilizados.
Ser e Consciência Existiram poucos registros sobre esses períodos, porém, os mais significativos foi Gregório de Matos (1633-1696), e o baiano Vicente do Salvador. Gregório de Matos foi um dos primeiros intelectuais brasileiros, seus registros foram bastante significativos, especialmente sobre a Bahia, os mestiços, mamelucos e fidalgos da Bahia.
Vicente do Salvador era frade