Gestao Ambiental
Uma mistura de biologia, ecologia, marketing e finanças, áreas aparentemente inconciliáveis, é a base do curso de Gestão Ambiental. "Formamos executivos da área ambiental, que sejam capazes de criar uma sintonia entre os interesses da organização e as necessidades da natureza", resume o coordenador do curso da Universidade de São Paulo (USP), Antônio Almeida.
A área, que costumava ser restrita às pós-graduações, ainda é recente como curso superior. A graduação da USP, que tem duração de oito semestres, é a mais antiga do País, mas surgiu somente em 2002. Por ser tão recente, o profissional ainda não tem forte presença nas organizações. "Falta regulamentação e a profissão se confunde com a de engenheiro agrônomo ou biólogo, que têm formação técnica, mas não têm o preparo para ser gestor", lamenta Almeida.
A boa notícia é que a profissão de gestor ambiental começa a ganhar força com a crescente preocupação das empresas com a responsabilidade ambiental e com a produção sustentável. Para o coordenador do curso da USP, a carreira tem tudo para emplacar. "Os 70 gestores que já formamos não têm queixas do mercado de trabalho. E mesmo os alunos encontram estágios com facilidade", comenta.
Mercado - O gestor ambiental trabalha conciliando interesses das organizações, da sociedade e do meio ambiente. Por isso, sua área de atuação é ampla, avalia Antônio Almeida. O gestor ambiental pode trabalhar em indústrias das mais variadas áreas, em todas as esferas de governo e em Organizações Não-Governamentais (ONGs). Os empreendedores podem ainda criar empresas de consultoria na área. A área acadêmica também é uma opção. A profissão não é regulamentada, portanto não há piso salarial. Os profissionais que ingressam no mercado de trabalho ganham, em média, entre R$ 2.000 e R$ 4.000, calcula o professor da USP.
Entre as principais dificuldades encontradas, está o fato de que o curso não tem tradição e requer conhecimentos em áreas muito diferentes, como