Gest O Brasileira1

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O impacto das culturas nacionais na gestão das organizações tem sido alvo constante de estudos científicos.
A cultura nacional brasileira é compreendida, por estudos, como de elevada distância de poder, com comportamentos mais coletivistas do que individualistas e com alta necessidade de evitar incertezas. Seria também uma cultura levemente inclinada a valores femininos, com baixa orientação à per- formance, orientação ao curto prazo e policrônica. Esses estudos se apoia em trabalhos sobre a formação histórica, cultural, social e econômica do país. Produzidos na década de 90, revelam uma diversidade grande de traços culturais nacionais que caracterizam a forma como as organizações são geridas no país. Alguns traços marcantes da gestão brasileira são:
“Jeitinho” - harmonização das regras e determinações universais da vida com as necessidades diárias do cidadão. Um confronto entre leis universáis e relações pessoais. Segundo estudiosos brasileiros (Barbosa, 1992; DaMatta, 1991) o jeitinho brasileiro é uma estratégia para suavizar as formas impessoais que regem as relações pessoais. O jeitinho é ambíguo e admite dupla leitura, pode significar uma postura conformista de convivência com o status quo injusto e inaceitável; e pode ser visto como uma forma de sobreviver ao cotidiano, um recurso de resistência cultural.
Desigualdade de poder e hierarquia - o sistema de relações hierárquicas que vigorou nas relações entre senhor e escravo no Brasil colonial marcou profundamente a sociedade local. Em sociedades como a norte-americana tem-se como pressuposto que todo cidadão é igual perante a sociedade e a lei. No Brasil, muitos indivíduos julgam-se com direitos especiais que os eximem de sujeitar-se à lei de caráter generalizante. A expressão popular “você sabe com quem está falando?” é comumente ouvida em situações de conflito e revela uma reação autoritária, que tenta impor uma condição es- pecial. A desigualdade de poder enraizada na cultura brasileira e na cultura

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