Gera Es Do Romantismo
Primeira geração – Sentimento de nacionalidade, no qual o culto pela cultura primitiva, em especial à figura do índio, teve sua palavra de ordem. Destacam-se duas tendências básicas: o misticismo (intensa religiosidade) e o indianismo. A religiosidade é marcante nos primeiros românticos, enquanto o indianismo se torna símbolo da civilização brasileira nos poemas de Gonçalves Dias. Esse espírito nacionalista fez desabrocharem também poemas cuja temática explorou o patriotismo e o saudosismo. Nomes que marcaram o período: Gonçalves de Magalhães, Araújo Porto Alegre e Gonçalves Dias.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá. [...]
-Canção do Exílio, Gonçalves Dias. Segunda geração – Também conhecida como ultrarromântica, em virtude do egocentrismo exacerbado e da contundente melancolia, e como geração byroniana (numa alusão ao poeta inglês Lord Byron, um de seus principais representantes). Os representantes dessa geração eram extremamente pessimistas, e por levar uma vida desregrada, vivendo em ambientes sombrios e úmidos, e fazendo parte da boemia, foram acometidos pelo chamado “Mal do Século”, morrendo precocemente em função de doenças adquiridas pelos maus hábitos. Destaques no período: Álvares de
Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire.
Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
[...]
-Lembranças de Morrer, Álvares de Azevedo. Terceira geração – Voltada para uma poesia de preocupação política e social, preconiza o ideário de liberdade em relação às mazelas instituídas pela sociedade. Conhecida como condoreira (tinha como emblema o condor, ave que constrói seu ninho em grandes altitudes) ou hugoniana (numa referência a Vitor Hugo, escritor francês cuja obra de cunho social marcou o período), sua linguagem adquiria um tom inflamado, declamatório,