GEOMORFOLOGIA do NE Texto1
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GEOMORFOLOGIA DO NORDESTE:Concepções clássicas e atuais acerca das superfícies de aplainamento nordestinas
(Artigo publicado na Revista de Geografia UFPE Volume Especial N1 2010)
Rúbson Pinheiro Maia
Francisco Hilário Rego Bezerra
Vanda Claudino-Sales
Resumo
Na região Nordeste do Brasil, o relevo documenta importantes episódios de evolução morfotectônica e paleoclimática. Organizado em torno de paleosuperfícies, a região apresenta diversos compartimentos geomorfológicos derivados de eventos tectônicos, como o Ciclo
Brasiliano e a separação América do Sul/África. Ambos os eventos geraram várias morfologias com controle estrutural. Em das mais comuns são maciços cristalinos alinhados segundo diferentes zonas de cisalhamento. Outras formas estão associadas a lineamentos estruturais que orientam a drenagem e a dissecação. Um terceiro tipo são as bacias mesozóicas afetadas por soerguimento. Todo esse conjunto compõe o complexo sistema morfoestrutural nordestino, que começou a ser interpretado a partir da década de 1960 como composto por sucessivos níveis de paleosuperfícies escalonadas.
Entretanto, o Nordeste exibe um vasto acervo de estruturas deformacionais cenozoicas, sobretudo nas áreas sedimentares, por vezes orientando a ação externa. O presente artigo discute os modelos de evolução geomorfológica do Nordeste, analisando características e limitações quanto à adequação às concepções associadas com tectonismo cenozoico e geocronologia das unidades geológicas. Introdução
As paisagens da região Nordeste do Brasil, na porção mais oriental de sua fachada atlântica, exibem uma vasta mostra de compartimentos morfoestruturais. Elaborado em resquícios morfoestruturais que foi interpretada classicamente como resultado de sucessivos ciclos de aplainamentos resultantes de processos epirogênicos pós-cretáceos.
Essas paisagens foram elaboradas em resquícios morfoestruturais da orogênese Neoproterozóica denominada de “Ciclo Brasiliano” que originou o megacontinente Panotia, e