Geologia
No estado de Minas Gerais, as rodovias municipais interligam a grande maioria dos polos agropecuários do interior do estado às rodovias estaduais e federais pavimentadas, escoando as produções agropecuárias e abastecendo os grandes centros consumidores. No entanto, de acordo com ANTT (2005), em Minas Gerais, 87,64% das rodovias municipais ainda se encontram em leito natural.
A falta de solos com características geotécnicas apropriadas, exigidas pelos órgãos rodoviários para a construção de estradas, torna-se um dos grandes entraves para o setor de transportes no Brasil, visto que volumes maiores de cargas são transportados, com maior frequência, a distâncias cada vez mais longas e problemáticas, exigindo que as estradas pavimentadas e não pavimentadas, sejam transitáveis em qualquer época do ano (MACHADO et al, 2003).
Segundo Charman (1988 apud D'ÁVILA, 1996), as estradas não pavimentadas constituem área do conhecimento em que muito pouca tecnologia formal foi desenvolvida. Praticamente, a totalidade das especificações técnicas para o revestimento primário desse tipo de estrada fundamenta-se nos ensaios tradicionais de classificação de solos: análise granulométrica e limite de Atterberg. o método de dimensionamento tradicional utilizado no Brasil (DNIT, 2006), estabelecido na década de 1960, não se mostra uma ferramenta adequada para o dimensionamento de pavimentos flexíveis de baixo volume de tráfego, pois, ao empregar este método, incorre-se numa extrapolação das dimensões das camadas do pavimento, que pode conduzir a estruturas pouco econômicas. Além disso, na maioria das vezes, o método de dimensionamento supracitado não possibilita a utilização de