Geografia Socioambiental
GEOGRAFIA SOCIOAMBIENTAL
GUARAPUAVA
2014
O final do Século XX e início do Século XXI foi marcado por uma busca ao encontro de novos rumos para a formação do presente e o futuro. Aos geógrafos um questionamento profundo sobre as novas dimensões do espaço e buscar entender os problemas sociais que são cada vez mais visíveis no planeta Terra.
Algumas reflexões confirmaram a necessidade de uma discussão mais voltada em identificar e ressaltar a história e, principalmente entender as características de um novo segmento, que na Geografia em geral, parece ter, atualmente uma abordagem distinta em relação à essa ciência. O tema é altamente importante para a história, uma vez que a origem da crise ecológica foi capaz de remodelar toda a modernidade. Assim afirma White Jr. (1968):
“Um dos aspectos mais destacaveis na presente crise histórica é aquele advindo do estado de carência em que o desenvolvimento industrial tecnológico, guiado pelo direito de veto o homem se arrogou sobre a natureza, produziu na qualidade ambiental e nos recursos naturais”. (Página 114-115)
Se propôr a falar dos problemas ambientais é fundamental para a formação de algumas discussões que marcaram os ultimos 35 anos (se não antes?!) dos debates dos geógrafos, ou seja, a dicotomia ou dualidade da geografia física da geografia humana. O final do Século XX assistiu a transformação da conotação dos termos “ambiente” e “ambientalismo”; e pelo menos até esse momento o ambiente era tratado e caracterizado apenas em uma visão majoritariamente científica e naturalista. A evolução dos termos relacionados ao meio ambiente podem ser notados claramente nas palavras de Bailly et Ferras:
“Em 1917, o meio ambiente é, para uma planta ‘o resultado de todos os favores externos que agem sobre ela’. Em 1944, para um organismo ‘a soma total efetiva de fatores aos quais um organismo responde’. Em 1964, Harrant e Jerry propõem ‘O conjunto de fatores bióticos