Geografia Pragm tica
A critica dos autores pragmáticos à Geografia Tradicional fica num nível formal. É um questionamento da superfície da crise, não de seus fundamentos. É uma crítica ‘‘acadêmica’’, que não toca nos compromissos sociais do pensamento tradicional. Nem poderia ser de outra forma, na medida em que estes compromissos são mantidos. Como foi vistos, planejamento é uma nova função, posta para as ciências humanas pelas classes dominantes; é um instrumento de dominação, a serviço do Estado burguês.
Passa-se, de um conhecimento que levanta informações e legitima a expansão das relações capitalistas, para um saber que orienta essa expansão, fornecendo-lhes opções e orientando as estratégias de alocação do capital no espaço terrestre.
Para eles, os avanços da estática e da computação propiciam uma explicação geográfica. Por exemplo, ao se estudar uma determinada região, deveria começar pela contagem dos elementos presentes (número de estabelecimentos agrícolas, total de população, extensão, número e tamanho de vilas e cidades etc.); este procedimento forneceria tabelas numéricas de cada lado, as quais seriam trabalhadas estaticamente pelo computador (médias, variâncias, devio-padrão, medianas e etc.) e relacionadas (correlação simples e múltipla, regressão linear, covariação, análise de agrupamento); ao final, surgiriam resultados numéricos, cuja interpretação daria a explicação da região estudada.
A Geografia Quantitativa ou Nova Geografia (New Geography), surgiu da necessidade de compreender a organização espacial para poder planejar e agir nesta organização – (re)organização espacial. Foi bastante influenciada pelo meio técnico-científico-informacional e se utilizou da elaboração de técnicas para melhor trabalhar e analisar os fenômenos geográficos. No Brasil, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e