Geocentrismo
Na Grécia Antiga, Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) já defendia a idéia de que o Universo seria um enorme círculo finito, sendo que a Terra estaria no centro desse círculo. Para ele, existiriam 9 esferas girando em torno da Terra.
No século II d.C. um astrônomo, geógrafo e matemático chamado de Cláudio Ptolomeu, baseado na trigonometria, afirmava que ao redor da Terra giravam a Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno, exatamente nessa ordem.
Ainda segundo Ptolomeu, cada planeta girava ao longo de um círculo pequeno chamado epiciclo. Portanto, cada planeta teria seu próprio epiciclo. O centro do epiciclo (de cada planeta) se moveria em um círculo maior, ao qual denominou como deferente, sendo que a Terra ficaria posicionada um pouco afastada do centro do referente.
Para Ptolomeu a Terra não estava no centro do deferente. O deferente, alias, seria um círculo excêntrico em relação à Terra. Com a idéia do equante, Ptolomeu buscou explicar o fato dos planetas não se movimentarem de forma uniforme.
Além dessas teorias, Ptolomeu observou o movimento lunar e elaborou tabelas a esse respeito, que foram utilizadas séculos depois por Nicolau Copérnico.
O Almagesto é a principal obra de Ptolomeu. É composta por um conjunto de 13 livros, traduzidos em aproximadamente 500 páginas, que trata de assuntos como:
- Astronomia esférica.
- Teoria solar.
- Teoria lunar.
- Teoria planetária.
- Eclipses.
- Estrelas fixas.
O sistema geocêntrico também é conhecido por sistema Ptolomaico, afinal, a teoria de Ptolomeu foi aceita e defendida, inclusive pela Igreja Católica, por aproximadamente 1400 anos.
Durante toda a Idade Média, o sistema geocêntrico foi defendido pelos estudiosos. Nessa época não era consenso a idéia de que a Terra seria chata.
Somente com as idéias Iluministas, o sistema geocêntrico começou a ser contestado, e