Genética
Sumário:
Página 1: Introdução
Página 2: Ética e tecnociência: um encontro necessário
Página 3: A era genômica: inquietudes e esperanças
Página 4: Não à clonagem humana e a esperança das células-tronco
Página 5: Conclusão e Bibliografia
Genética, clonagem e dignidade humana.
A mídia comenta, com freqüência, sobre importantes descobertas na área da genética e até a possibilidade de se clonar gente. Em 26 de junho de 2000, o então presidente dos EUA, Bill Clinton, anunciava oficialmente a decifração do “rascunho” do genoma humano: “Estamos aprendendo a decifrar a linguagem com que Deus escreveu o livro da vida”. Trata-se de uma das conquistas mais significativas da nossa história, a decifração do “livro da vida” assim que, segundo Francis Collins, “pela primeira vez na história da ciência, caminhamos com nosso manual de instruções na mão” e estamos apenas começando a ter idéia do seu impacto efetivo na nossa vida. Para termos uma idéia do volume de informações que o genoma (conjunto completo de genes de uma espécie) humano tem, os geneticistas falam que equivale a uma estante de 60 metros de altura repleta de livros ou a 200 listas telefônicas de 500 páginas cada. Estamos no início do processo de compreensão da leitura deste fantástico “livro da vida”.
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Ética e tecnociência: um encontro necessário
Fala-se que a medicina mudou mais nos últimos cinqüenta anos que nos cinqüenta séculos precedentes. Aumentou espantosamente a responsabilidade do ser humano em relação ao seu próprio futuro, uma vez que o que antes era atribuído ao acaso, à natureza, ao destino, à vontade de Deus, passa doravante a ter a interferência direta da ação humana.
Basicamente, existem quatro atitudes fundamentais quando entramos na discussão entre ética e tecnociência em relação à natureza humana.
1. A ciência tem o direito de fazer tudo o que é possível! Nessa visão, o único