gente como jesus
Ele levantou os olhos e disse: “Vejo pessoas; elas parecem árvores andando.” Mais uma vez, Jesus colocou as mãos sobre os olhos do homem. Então seus olhos foram abertos, e sua vista lhe foi restaurada, e ele via tudo claramente. Marcos 8:24, 25 Essa é, sem dúvida, a passagem mais estranha encontrada nos Evangelhos. O que aconteceu, afinal? Será que o poder divino de Jesus não foi suficiente em sua primeira tentativa? Ou será que existe uma lição mais profunda para os discípulos e para nós? Como sempre, o contexto da Bíblia nos ajuda a entendê-la. Apenas Marcos registrou esse milagre e, logo nos versos anteriores, observou que Jesus repreendeu fortemente os discípulos devido à sua falta de entendimento. “Vocês têm olhos, mas não veem? Têm ouvidos, mas não ouvem? Não se lembram?” (Mc 8:18). Os discípulos reconheceram Jesus como o Messias, mas o Messias popularmente esperado, não o sacrifício de Deus pelos pecados. Muitos hoje enxergam as pessoas como árvores andando. Sentem-se felizes com um Jesus político, mas não com o Jesus do Calvário. Preferem um Jesus confortador, um Jesus que reforça o estado atual das coisas, mas não querem saber de participar da Via Dolorosa de Cristo. Muitos adventistas enxergam as pessoas como árvores andando. Cresceram frequentando a igreja, foram aprovados em todos os estudos da classe bíblica, vivem uma vida cristã respeitável. Mas não conhecem Jesus como o Senhor vivo de sua vida. Muitos vivem à margem da igreja, repetindo, de geração em geração, o ciclo do abuso e de hábitos degradantes. Nunca experimentaram o poder de Jesus para quebrar velhos hábitos e libertá-los para uma vida nova e melhor, nunca vibraram diante da esperança: “Mais elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir é o ideal de Deus para com Seus filhos. A santidade, ou seja, a semelhança com Deus é o alvo a ser atingido” (Ellen G. White, Educação, p. 18). Muitos enxergam a igreja