Genero Historiaem quadrinhos

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Ca d er n os d o CN L F , V ol . X I I I, N º 0 4
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
COMO GÊNERO TEXTUAL:
CARACTERÍSTICAS DE UM GÊNERO HÍBRIDO
Kátia Regina Franco (UFES) kathiag@positivo.com.br Mônica Lopes Smiderle de Oliveira (UFES) monicasmiderle@yahoo.com.br INTRODUÇÃO
Diante da multiplicidade de estudos sobre gêneros textualdiscursivos, muitos autores desenvolveram trabalhos voltados para discussões conceituais em torno dessa questão. A importância de uma reflexão sobre tais conceitos não é de caráter puramente terminológico; antes, seu caráter evidencia o aspecto teórico-metodológico adotado para atender o intento desta pesquisa.
Este trabalho tem como função esclarecer alguns pontos sobre as histórias em quadrinhos (HQs), como se constituem para serem consideradas um gênero especifico, com características próprias, que lhes permitem estabelecer-se como gênero textual.

A POLÊMICA EM TORNO DOS CONCEITOS DE GÊNERO
DISCURSIVO, GÊNERO TEXTUAL E TIPO TEXTUAL
Uma autora que se ocupou em analisar a evolução dos estudos envolvendo a questão de gênero, Roxane Rojo (2005), destaca que a mais importante constatação foi a de que esses trabalhos poderiam ser divididos em duas vertentes metateoricamente diferentes: teoria de gêneros do discurso ou discursivos e teoria de gêneros de texto ou textuais. Ambas as vertentes encontravam-se enraizadas em diferentes releituras da herança bakhtiniana.
Em sua pesquisa, Rojo pôde perceber que, embora os trabalhos adotassem vias metodológicas diversas para o tratamento do gênero, todos acabavam por fazer descrições de “gêneros”, de enunciados ou de textos pertencentes a algum gênero. Os dados levantados levaram-na a questionar se as designações gêneros do discurso (ou
Anais do XIII CNLF. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2009,

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Ca d er n os d o CN L F , V ol . X I I I, N º 0 4 discursivos) ou gêneros textuais (ou de texto) significam o mesmo objeto teórico, ou não. A pertinência da questão tornou necessário

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