GalvanoplastiA
José Renaldi Feitosa Brito, Maria Aparecida V. P. Brito e Edna Froeder Arcuri pesquisadores – Embrapa Gado de Leite
1. Introdução
Os graves prejuízos causados pela mastite se devem à redução da produção de leite e à interferência com a qualidade e o encurtamento da vida de prateleira do leite processado e seus derivados. Por essa razão, esforços devem ser direcionados para a adoção de programas de controle da doença, uma vez que é praticamente impossível sua erradicação dos rebanhos. Para que esse controle seja realizado de forma adequada e permanente, é importante que se conheçam algumas características da doença. Esse artigo apresenta informações a respeito da mastite e relaciona e discute os procedimentos reconhecidos como eficientes para o seu controle.
2. Definição, classificação e etiologia da mastite bovina.
A mastite, ou mamite, é uma inflamação da glândula mamária, que pode ser causada por microrganismos e suas toxinas, traumas físicos e agentes químicos irritantes, mas, na maioria dos casos, é resultante da invasão de microrganismos patogênicos através do canal da teta. Assim, o termo mastite, quando não especificado, resulta de infecção da glândula mamária. A resposta inflamatória que se desenvolve no interior do úbere tem a finalidade de destruir ou neutralizar os agentes infecciosos e suas toxinas, e permitir que a glândula retome a sua função normal. Entretanto, pode ocorrer também a destruição de células epiteliais responsáveis pela síntese dos principais constituintes do leite (proteína, gordura, lactose), com redução da capacidade produtiva do animal.
A mastite pode se apresentar na forma clínica quando são visíveis alterações no leite (presença de grumos, pus, sangue, leite aquoso), associadas ou não a alterações no úbere (inchado, febril, dolorido). Dependendo do microrganismo envolvido, pode haver comprometimento sistêmico