Galileu Galilei
Até sua época, o sistema astronômico aceito era o geocêntrico, isto é, aquele que colocava a Terra (Geia, em grego) no centro do universo, parada, com todos os demais astros girando circularmente ao seu redor. Tal sistema alicerçava-se sobre as teorias de antigos astrônomos e filósofos, como Aristóteles de Estagira, filósofo grego que viveu no século IV a.C., e Cláudio Ptolomeu, matemático, geógrafo e astrônomo que viveu e trabalhou em Alexandria, no norte do Egito, no século II da era cristã.
O universo geocêntrico aristotélico-ptolomaico tinha ainda algumas características importantes, que foram depois vieram a ser derrubadas pelas descobertas de Galileu: além de circular e finito, era composto de éter – substância pura e cristalina –, que também tornaria puros os astros, inexistência de vácuo, tem apenas um centro (a Terra), seu movimento ocorre de fora para dentro, diminuindo à medida em que se aproxima do centro, até parar nele. O movimento do universo viria de Deus, que impulsionaria a esfera das estrelas fixas, o movimento destas provocaria, por sua vez, o movimento do éter, que provocaria o movimento de Saturno, até chegar à Terra, parando aí. A composição dos astros seria o éter, a da Terra, os quatro elementos (terra, água, ar e fogo), de Empédocles.
O sistema geocêntrico, ademais, era defendido pela Igreja Católica também com base na Bíblia, por exemplo, no episódio de Josué, que, orando, pediu que Deus parasse o Sol e a Lua a fim de Israel vencer uma batalha, portanto os astros giram em torno da Terra. No que diz respeito à teoria aristotélica de que os mais pesados chegam ao solo mais rápido