futebol adaptado
Embora não haja uma história oficial, acredita-se que a prática do futebol entre pessoas portadoras de deficiência visual tenha começado na década de 20, em Espanha, nos pátios das instituições especializadas.
No início, era comum que os deficientes visuais utilizassem garrafas plásticas com pedrinhas dentro, até que se percebeu que uma bola comum envolta em um saco plástico fazia barulho em seu deslocamento e permitia uma maior mobilidade dos jogadores. No entanto, esta técnica esbarrava na falta de durabilidade dos sacos. Foram feitas tentativas mais ousadas, como prender os guizos fora da bola, o que, naturalmente, não funcionou.
Principais adaptações
O futebol de 5 é praticado em quadra e com regras do futebol de salão. A única modificação espacial necessária é o que se chama de banda lateral, um conjunto de compensados de madeira de um metro e meio de altura que percorre toda a lateral da quadra. Dessa maneira, a bola só sai de jogo na linha de fundo, o quê dá ao esporte um dinamismo muito maior. Os goleiros enxergam normalmente (videntes). Mas, para evitar que influam demasiadamente na dinâmica da partida, eles têm sua área de atuação restrita a uma pequena zona retangular de 2 por5 metros, próxima ao gol. Além disso, um guia (chamador), posicionado atrás do gol adversário, orienta os jogadores de ataque de sua equipe. Vale ressaltar que os atletas que praticam esta modalidade, a exceção do goleiro e do chamador, são completamente cegos, inseridos na categoria B1, isto é, que possuem grau de visão muito próximo ou igual a 0%. Para evitar que haja disparidade entre os atletas provocada por possíveis resíduos visuais, a regra os obriga a utilizarem o Tampão Oftalmológico, recoberto por uma venda.
Regras do Futebol de Cegos
A bola possui um guizo que produz som para orientar os atletas.
A torcida deve permanecer em silêncio total para não confundir os jogadores (assim podem ouvir onde se encontra a bola, pelo barulho do