Fungos
O corpo frutífero do Psilocybe cubensis tem chapéu cor de palha, de um amarelo pálido, víscido, tornando-se azul por pressão. Chapéu 1,5 a 8 cm de largura, cônico, em forma de sino, tornando-se convexo com a idade, víscido, sem pelos, de esbranquiçado a amarelo pálido, comumente cor de palha, tendendo para o marrom com a idade, com manchas azuladas com o envelhecimento (Figura 4).
Carne firme, branca, azul quando ferida. Lamelas adnatas (ligadas diretamente ao estípite) ou adnexas (separando-se imediatamente ao estípite), firmes e chanfradas, juntas, de cor cinza, tornando-se violeta-acinzentadas com a idade, com bordas brancas. Estípite com anel membranáceo persistente (restos do véu parcial), firme e tenaz, com altura média de 10 cm, com variações de 4 a 15 cm, 4 a 14 mm de espessura, alargando-se um pouco próximo à base ou volva, seco, sem pelos brancos, manchando-se de azul quando ferido. Véu universal branco, deixando um anel membranoso superior, sem deixar escamas.
Esporos com medidas de 10-17 µm por 7-10 µm, de formato elíptico a oval em vista lateral, de paredes espessas, com um grande poro no ápice. Impressão de esporada de cor variando de púrpura a marrom. Cistídios (células vegetativas) nas bordas das lamelas em forma de bastão com cabeças arredondadas. A carne destes cogumelos tem a característica de se manchar de azul quando ferida ou quebrada. Esta reação é aparentemente uma oxidação enzimática de algum substrato indólico, como triptofano, 5-hidroxitriptamina ou psilocibina, e é um indicador confiável da presença de psilocibina não só nos Psilocybe como também nos gêneros relacionados; no entanto, não é uma reação exclusiva, uma vez que outros gêneros não relacionados, como Russula ou Boletus também a apresentam, só que nestes casos essa reação não tem relação com a presença de substratos indólicos; entretanto estes outros gêneros têm uma morfologia completamente diferente, de modo que não há como confundi-los.
P. cubensis