Fundicao e servicos
Prof. Dr. Marcelo Martins Prof. Dr. Luiz Carlos Casteletti (1) (2)
(1) Gerente Industrial da SULZER BRASIL S/A e Professor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) – Divisão de Americana – SP. (2) Professor Associado do Departamento de Engenharia de Materiais, Aeronáutica e Automobilística da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo - USP.
II. INTRODUÇÃO.
Os aços inoxidáveis tradicionais não aresentam a combinação adequada de resistências mecânica e à corrosão por pite, necessárias em uma série de aplicações, principalmente na presença de água do mar, como é o caso de equipamentos utilizados nas plataformas "offshore". Uma categoria de aços inoxidáveis, relativamente nova, denominada duplex e super duplex reune essas características de forma satisfatória. Esses materiais surgiram na década de 70 nos Esados Unidos e na Europa e somente apartir da década de 90 vem sendo utilizada no Brasil. Apesar desses aços apresentarem um bom desempenho em serviço, o processo de obtenção de uma peça por meio de fundição é bastante difícil, devido ao fato da metalurgia física desses sistemas ser muito complexa. O sucesso na obtenção de componentes fundidos em aço inox duplex e super duplex, está relacionado principalmente, em exercer um controle eficaz sobre a precipitação da fase sigma durante o resfriamento de solidificação, pois esse intermetálico reduz de forma acentuada a tenacidade do material. Componentes obtidos pelo processo de fundição, que possuam paredes relativamente espessas (acima de 5 polegadas), resfriam-se, durante a solidificação, de forma muito lenta favorecendo com isso a precipitação em grande escala (acima de 15% em volume) da fase sigma. A fase sigma não é o único intermetálico que precipita na microestrutura dessas ligas; outras fases tais como: fase "Chi" (χ), fase "R", fase "G", fase "Tal" (τ), Nitretos de cromo com