Funcionalismo
1. Explique e exemplifique as três metafunções propostas por Halliday.
2. Como a oração é analisada segundo cada uma das metafunções propostas por Halliday?
Leia o texto abaixo e faça as questões que se seguem.
O Cavalo e o burro, ilustração de Frances Barlow, metade do século XVII.
O cavalo e o burro
Monteiro Lobato
O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo, contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado! gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:
– Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas para cada um.
O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.
– Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo?
O burro gemeu:
– Egoísta. Lembre-se de que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha.
O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.
Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.
– Bem feito! exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora…
***
Em: Criança Brasileira, Theobaldo Miranda Santos, Quarto Livro de Leitura: de acordo com os novos programas do ensino primário. Rio de Janeiro, Agir: 1949.
3. Diga que tipo de processo descreve os verbos em destaque nas orações abaixo.
a) O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade.
b) Em certo ponto, o burro parou e disse:...
c) O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.
d) Quem mandou ser mais burro que o pobre burro...
e)... e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo