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PRÓLOGO – A REVOLUÇÃO DOS JOVENS AZUIS
Que local estranho! A cidade ainda me parece familiar, mas eu não imaginava que era assim, tão caótica. Os livros e vídeos de História e Economia que nós aprendemos na Academia haviam sido muito gentis. São Paulo em 2013 é uma loucura! Atordoa toda e qualquer pessoa que aqui mora. Aliás, quem gosta de morar aqui?
São Paulo de 2013 não se parece nada com a cidade de São Paulo de 2350. Ah é verdade! Depois da grande revolução de 2086, muita coisa mudou. E quem mudou fomos nós, os seres humanos. Foram precisos quase 2100 anos para o homem finalmente entender o seu real propósito no espaço tempo e principalmente, o seu dever como agente protetor deste planeta. Pareceu mística a Revolução dos Jovens Azuis. Aliás, a revolução começou muito antes, quando a humanidade começou a experimentar os efeitos mais severos da revolução industrial iniciada no século XIX. Quando os primeiros maremotos e terremotos sacudiram os continentes, os líderes mundiais tiveram que se curvar aos pensamentos dos então chamados “eco-chatos” e em seguida, da geração Azul.
A geração Azul foi chamada assim por que muitos pensadores, filósofos e principalmente cientistas e pesquisadores foram a fundo na questão de como deveríamos salvar o planeta de nós mesmos. Os desastres naturais frequentes foram o estopim do quão cegos estávamos até então. Dependíamos de matéria prima limitada e principalmente poluente. E pior, achávamos que nada poderia ser melhor. Os pensadores e cientistas foram primordiais para conseguirmos achar outras fontes de sobrevivência e de principalmente, de energia. Mas a Revolução dos Jovens Azuis não foi apenas uma mudança substancial na busca de novas fontes de energia. Foi também uma mudança na forma de encarar o futuro. Pela primeira vez na história da humanidade, a Medicina deixou de ser vista como uma fonte de renda e sim como uma necessidade humanitária. O ser humano não poderia depender mais do bolso para ter saúde, isso era