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Alteridade1
Alteridade (ou outridade) é a concepção que parte do pressuposto básico de que todo o homem social interage e interdepende do outro. Assim, como muitos antropólogos e cientistas sociais afirmam, a existência do "eu-individual" só é permitida mediante um contato com o outro (que em uma visão expandida se torna o Outro - a própria sociedade diferente do indivíduo). Relação de sociabilidade e diferença entre o indivíduo em conjunto e unidade, onde os dois sentidos interdependem seguindo a lógica de que para individualizar é necessário um coletivo. Dessa forma, eu apenas existo a partir do outro, da visão do outro, o que me permite também compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado, partindo tanto do diferente quanto de mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência do contato. É isso o que pode ser denominado de dialética da Alteridade/Identidade: a categoria "outro" só existe porque existe um "eu" que o classifica assim. Afinal, esse "outro" é um "eu" tanto quanto "eu" sou um "outro" para ele. O princípio da dialética nos ensina que as categorias não são absolutas, mas só existem umas em função das outras (assim, por exemplo, o claro só existe porque existe o não-claro, escuro; vida só existe porque existe morte e vice-versa; etc.). Por essa razão é que pode ser definido, como por exemplo de acordo com a enciclopédia Larousse (1998), alteridade é um “Estado, qualidade daquilo que é outro, distinto (antônimo de Identidade). Conceito da filosofia e psicologia: relação de oposição entre o sujeito pensante (o eu) e o objeto pensado (o não eu).” A “noção de outro ressalta que a diferença constitui a vida social, à medida que esta se efetiva por meio das dinâmicas das relações sociais. Assim sendo, a diferença é, simultaneamente, a base da vida social e fonte permanente de tensão e conflito” (G. Velho, 1996:10). Isso confirma o que foi dito acima: as categorias não são absolutas mas definíveis em função de suas oposições; de suas diferenças,

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