Fisioterapia oncologica
Há alguns anos, a grande preocupação da equipe médica em relação ao câncer era a sobrevivência dos pacientes. Atualmente, o foco do tratamento mudou, ou seja, a preocupação passou a ser também a qualidade de vida que ele vai ter durante e após o tratamento oncológico. A fisioterapia oncológica é um dos procedimentos que estão sendo adotados nesse sentido, tanto antes, quanto após uma cirurgia de câncer, como também durante todo o tratamento. Esse recurso pode ser utilizado em todos os casos, como nos de câncer de mama, tumores de cabeça e pescoço, além dos relacionados ao sistema músculo-esquelético (ossos e músculos). No caso do câncer de mama, o grande problema é o esvaziamento ganglionar, ou seja, a retirada dos gânglios linfáticos existentes na axila. Isso pode causar edema e dificuldade na movimentação do braço da mama operada. O tratamento auxilia na recuperação e na prevenção dos distúrbios linfáticos.
Proporcionar qualidade de vida a pacientes com câncer antes, durante e depois do tratamento é uma das maiores preocupações dos fisioterapeutas que atuam na área oncológica. Segundo a Dra. Luciene de Souza Oliveira, especialista em fisioterapia em oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), a fisioterapia oncológica é indicada tanto para quem foi diagnosticado com a doença, mas não foi submetido a procedimentos cirúrgicos, como para quem foi submetido à cirurgia e apresenta limitações funcionais, se queixa de dores ou imobilização em alguma região do corpo, ou edema em membros superiores ou inferiores (linfedema). O acompanhamento do fisioterapeuta também é indicado para pacientes com características como tabagismo, obesidade e sedentarismo. Um paciente que fuma muito, por exemplo, tem a capacidade pulmonar comprometida. “Caso ele venha a ser submetido à anestesia geral, seus pulmões têm que estar em ordem, podendo o médico encaminhá-lo a um fisioterapeuta, de preferência um mês antes”,