Frenesi Fatal
O “vento” permanece regular à medida que lhe é dado forças naturais para alcançar seu ponto estável, a sua perfeição, porém existe uma força de desejo maior que a transforma em algo tão forte transformando-a em um tufão, muitas vezes indestrutível, incontrolável, restando apenas seu próprio fim, para que tudo termine. O fim! Algo tão inesperado, bom, surpreendente, triste, chocante, no entanto é apenas o fim. Haja vista que para todo final existe um começo. Mas o que começar? Por onde começar? Não sabemos! Será que pelo fim? Pelo meio? Mas qual o meio de tudo isso? A busca intrigante em ser sempre surpreendente requer forças, psíquicas e físicas, além das que se possuem. A ambição pela perfeição é o sacrifício de algo, talvez de algo muito valioso, tudo para sermos aquilo que lutamos e almejamos por toda a vida, todavia chegamos ao ponto de não controlarmos mais aquilo que demasiadamente ultrapassa os nossos limites, o nosso próprio “eu”, e ai tudo começa: uma sede de desejos, loucuras, algo fora do real parece ser tão frequente que não sabemos mais o que realmente é verdadeiro. Se eu existo? Talvez! Mas quem é o verdadeiro? Levando em consideração dois cisnes diferentes! O nosso cisne branco, ou o cisne negro prevalece? Quer seja branco, quer seja negro, um é o reflexo do outro dentro de nós, porém com certa diferença: um é real o outro não. Esse mundo onde nos escondemos do medo, da frustração, é o mundo do imaginário. Tudo acontece! Tudo se transforma. Talvez até tudo acabe em questão de segundos. Passamos a sentir que de todas as partes, de todos os lados existe uma pressão física, psicológica, que nos oprime ao ponto de ficarmos cegos, porque não dizer loucos. Fixamos uma observação afiada e minuciosa as pessoas a nossa volta, não conseguimos mais relacionar nada com nada. A compreensão tarda e se empobrece, à medida que se esvazia o conhecimento do real. Sua mente flutua sobre um campo psicológico turbulento, carregado de ideias