frei luis de sousa
2. O excerto integra-se no segundo ato de Frei Luís de Sousa (cena IV), no momento central da ação da peça e do conflito da mesma. Nesta cena, Maria, Manuel e Frei Jorge dialogam, depois de este último ter chegado com a notícia de que os governadores não exerceriam qualquer represália sobre Manuel por este ter incendiado o seu palácio como forma de não os receber. Em seguida, todos se preparam para sair, deixando D. Madalena sozinha, situação que virá a revelar-se de extrema importância, pois possibilita o seu encontro com D. João de Portugal, entretanto regressado ao seu palácio.
3. Os acontecimentos decorrem no palácio de D. João de Portugal.
3.1. A família de Manuel de Sousa Coutinho encontra-se em casa do primeiro marido de D. Madalena depois de Manuel, num ato de patriotismo, se ter recusado a receber no seu palácio os governadores e, por isso, o ter incendiado.
4.1. Frei Jorge, ao mencionar "o caso", refere-se ao incêndio do palácio de Manuel de Sousa Coutinho, desencadeado pelo próprio como forma de protesto face à governação do país e como meio de recusar-se a hospedar os governadores. As "alvíssaras" que solicita têm a ver com o facto de saber que não será desenvolvida qualquer ação repressora do irmão como consequência da sua atuação, pelo que todos poderão de novo viver sem restrições e agradece-lhe a boa notícia
5. Maria é uma criança carinhosa, ativa e dinâmica, interessada em conhecer novos locais e novas pessoas: "Oh, meu pai, meu querido pai, levai-me, por quem sois, convosco. Eu queria ver a tia Joana de Castro;" (11. 20-21). Mostra-se igualmente confiante e enérgica, apesar da doença, confiando na sua resistência: "A mim não se me pega nada" (I. 30).
6. As palavras de Frei Jorge anunciam o momento do dia a que regressarão a casa, indicando que, até essa hora, o. Madalena aí ficará sozinha. A própria refere, na cena seguinte, o receio que tem por estar só nessa noite, dada a carga simbólica que