Formigas
Introdução
Algumas espécies de insetos, mais especificamente as constituintes da família formicidae (popularmente conhecidas como formigas), são utilizadas no meio cientifico como importantes indicadores biológicos. Estes são objetos de estudo utilizados como formas de avaliar características biológicas do ambiente em que se encontram, revelando características como diversidade de espécies, e densidade populacional.
Os Indicadores Biológicos A grande utilização das formigas como indicador biológico se deve a sua variedade de espécies, ampla distribuição geográfica, são fáceis de coletar e relativamente fáceis de identificar, e muito sensíveis a mudanças, mas, principalmente, a sua grande quantidade de relações interespecíficas, constituindo um rico nicho ecológico. Também, as formigas constituem a maior parte da fauna de artrópodes em muitos ambientes. Dessa maneira, as formigas estabelecem uma ampla variedade de relações com os organismos ao seu redor como, por exemplo, outros insetos como os pulgões, piolhos, besouros e mariposas. Em relação às plantas, as formigas podem atuar tanto como predadoras, quanto a dispersoras e protetoras de sementes e outros órgãos vegetais. Podem servir como indicadores biológicos de várias espécies de árvores, por estabelecerem relações, principalmente, com seus microambientes.
Estima-se que existam mais de 3.000 espécies de angiospermas cujas sementes são dispersas por formigas, pertencentes a mais de 70 famílias encontradas em diversos ecossistemas de todos os continentes, à exceção da Antártida (Beattie, 1985).
A Dispersão A dispersão de sementes é o fenômeno de afastamento espacial e temporal do diásporo em relação à planta mãe, permitindo assim o alcance de ambientes adequados para germinação de semente e estabelecimento de um novo indivíduo. O diásporo é a unidade de dispersão da planta, seja o próprio fruto, a própria semente, a planta inteira