Formação Preço Total
O preço total de um produto pode ser definido como o custo direto (ou interno) acrescido do custo indireto (ou externo). Os custos direto são associados à produção do produto, como por exemplo, a matéria prima utilizada, o custo de mão de obra, despesas com administração, transporte, entre outros. Já os custos indiretos, no contexto deste presente trabalho, são relacionados aos custos causados pelos prejuízos ao meio ambiente e à saúde gerados por aquele produto. Um exemplo clássico deste custo é um automóvel, o qual acaba por aumentar a poluição do meio ambiente, que pode gerar consequências negativas para a saúde da população e um consequente aumento nos gastos do setor público do governo ou despesas adicionais particulares. No fim, acabamos por pagar este custo, seja em curto, médio ou longo prazo.
Dessa forma, olhando-se por uma perspectiva economista, hoje em dia não pagamos nossos produtos com o preço total, apenas o custo direto. Infelizmente, essa não é a melhor opção sustentável. Vários economistas defendem que deveríamos incluir, mesmo que grosseiramente, o custo indireto nos produtos comercializados. Dessa forma, estaríamos aproximando mais fielmente o real custo de cada produto. Assim, os consumidores podem melhor escolher cada produto, já que todos saberiam os reais custos e danos ao meio ambiente de cada produto. Isso também iria possibilitar que os produtores investissem em métodos de produção e tecnologias que diminuíssem os impactos ambientais. Dentro desse contexto, surgiu a expressão “Ecoeficiência”, que nada mais é do que fazer mais com menos, utilizando os recursos de forma inteligente.
Nestes termos, podemos dizer que em curto prazo, caso adotássemos a politica de formação do preço total, o consumidor seria “prejudicado” em pagar por produtos com um preço maior, devido à inclusão do custo indireto. No entanto, para o meio ambiente, seria a melhor forma de incentivarmos às indústrias adotarem cada vez mais meio