FORMAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL NO BRASIL
O povoamento da colônia não fazia parte, a princípio, do interesse europeu, mas sim a comercialização de produtos, fazendo com que eles tivessem certo desprezo pelo vasto território primitivo. A Europa buscava produtos “extras” para a comercialização e o povoamento efetivo da colônia surgiu, então, como uma necessidade. Inicialmente, o progresso da ocupação territorial estava relacionado com o comércio de madeira, pele e pesca. Quanto maior o sucesso daquela atividade, maior o progresso da ocupação. Entretanto, o europeu não trazia consigo esforço e disposição suficiente para trabalhar, vindo sempre como um empresário a negócio ou como dirigente de produção. Caso o europeu viesse como trabalhador, era contra sua vontade, portanto, eles se aproveitaram dos índios como escravos e, posteriormente, dos negros. A colonização tomou forma de uma vasta empresa comercial destinada a explorar os recursos naturais em benefício do comércio europeu.
A agricultura tornou possível valorizar economicamente as terras descobertas e, desse modo, garantir a posse do território, já o monopólio definiu o sistema colonial. Paralelamente, as tensões intensificaram-se entre as várias potências e, nesse quadro de tensões, se desenrolou a história da colonização e do sistema colonial.
A economia colonial, na medida em que ia complementando a economia metropolitana, possibilitou a execução da política mercantilista, ou seja, o avanço das práticas comerciais.
A burguesia mercantil metropolitana tinha exclusividade na aquisição dos produtos coloniais, fazendo com que os preços fossem baixados até o mínimo. Ao adquirir os produtos, a metrópole revendia-os, criando uma margem de lucro. Essa relação metrópole-colônia formava, ao mesmo tempo, um oligopsônio e um oligopólio, pois a colônia só poderia vender seus produtos para a metrópole e adquirir produtos dela, e isso era o chamado EXCLUSIVO COLONIAL.
O esforço do governo português