Formação do capital conteporaneo cap 5 e 6
(1914-1945)
Nosso século, nem sequer findo, terá visto se suceder duas idades radicalmente diferentes e sem qualquer outra transição senão a guerra (p 241).
A guerra mundial nada resolveu, muito ao contrário. A necessidade de expansão em escala mundial continua vigorosa enquanto foi destruído o antigo sistema de pagamentos internacionais (p 242).
DA GUERRA À CRISE
"O capitalismo traz em si mesmo a guerra, como as nuvens escuras a tempestade", havia dito Jaurès (p 242).
A Grande Guerra de 1914-1918 convulsiona a Europa, acentua o declínio britânico, fortalece os Estados Unidos, sem resolver na realidade as contradições de antes de 1914 (p 242).
1910: "Em toda greve, o exército é a favor do patronato; em todo conflito europeu, em toda guerra entre nações ou colonial, a classe operária é lograda e sacrificada em proveito da classe patronal parasitária e burguesa (p 242, 243).
... às vésperas da guerra, trabalhadores da Europa se opunham à introdução de novos métodos de organização do trabalho (p 243).
... o operário reduzido ao estado de bruto, a quem é proibido pensar, refletir; ao estado de máquina sem alma produzindo intensamente, com excesso, até que um desgaste prematuro, fazendo dele um não-valor, jogue-o para fora da fábrica. O método Taylor é implacável; ele elimina os não-valores e aqueles que ultrapassaram a idade da plena atividade muscular (p 243, 244).
Mas a guerra permite a implantação de métodos de organização científica do trabalho (p 244).
... "o interesse da organização do trabalho, dos métodos que permitem as mais delicadas fabricações sem mão-de-obra especializada" ... (p 244).
Enfraquecimento dos capitalismos da Europa e "declínio da Europa" impossível de dissociar esses dois movimentos. Os Estados Unidos são, doravante, a primeira potência econômica; a Alemanha vai reconstituir seu poderio industrial; a URSS e o Japão, segundo diferentes caminhos vão se empenhar num formidável esforço de