Formação Botucatu
Por possuir essas características, especialmente a permeabilidade e porosidade, essenciais para uma rocha ser considerada como um reservatório de hidrocarboneto, esta unidade serve de modelo análogo para reservatórios eólicos de bacias produtoras de hidrocarbonetos. Em alguns pontos da Bacia do Paraná, os arenitos da Formação
Botucatu misturam-se com os derrames de basalto da Formação Serra Geral (Cretáceo,
Bacia do Paraná) dando origem a brechas muito características. Essas brechas, de ocorrência muito localizada, são compostas por fragmentos de basaltos imersos em matriz arenosa. Este estudo tem como objetivo analisar os arenitos da Formação
Botucatu e, também as brechas associadas com os processos de interação lavasedimento para verificar se podem ser considerados como modelo análogo de reservatório às bacias sedimentares produtoras de hidrocarbonetos. A área inicial de estudo está localizada na borda da bacia, abrangendo a área entre as cidades de
Candelária, Salto do Jacuí e Barros Cassal (RS). A área foi escolhida por encontrarmos o registro desde o Jurássico (Formação Botucatu) até o Cretáceo (Formação Serra
Geral) e suas misturas. A metodologia utilizada inclui coleta de material bibliográfico, analise de mapas e fotos aéreas, confecção de perfis colunares em campo e coleta de amostras. Numa segunda etapa foram analisadas lâminas petrográficas e aplicadas técnicas de difração de raios x (DRX), de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e químicas. Os resultados obtidos em campo (perfis colunares) e os resultados iniciais da petrografia, do DRX e do MEV forneceram dados sobre a estratigrafia, mineralogia, argilominerais, porosidade e permeabilidade. Com base nestas informações conclui-se que aos arenitos da Formação Botucatu apresentam características como: porosidade,