FORD A linha de Montagem Benjamin Coriat

PUC MINAS – ICEG
Instituto de Ciências Gerenciais
Curso de Economia
Disciplina: Fundamentos de Administração
Professor José Chequer Neto

FORD, A LINHA DE MONTAGEM E A NOÇÃO DE PRODUÇÃO EM GRANDES SÉRIES
Transcrição daaula do Professor Benjamin Coriat, ministrada no Curso de Mestrado em Administração- CMA/UFMG, quando da sua visita ao Brasil.

Na aula de hoje, propomos dois pontos para desenvolvermos. O primeiro ponto seria uma espécie de resumo e retomada dos pontos que nós discutimos na aula passada. O segundo ponto a ser analisado compreende uma análise do fordismo, mas de um ponto de vista bem específico, ou seja, aquilo que o fordismo vem acrescentar ao taylorismo. Esse desenvolvimento do fordismo em relação às taylorismo será considerado sobre dois aspectos: Primeiro: A introdução da linha de montagem e da standardização, e desenvolvimento da produção em grandes séries. Esses três conceitos, essas três noções, de linha de montagem, standardizaçãoe produção em grandes séries nós vamos retomar porque se trata de três conceitos muito importantes para o estudo do fordismo. A outra inovação do fordismo com relação ao taylorismo é a nova política salarial, é uma nova forma de controle da força de trabalho através do salário, o chamado “Five dollars Day”, isto é, pagamento de salários a cinco dólares por dia. Primeiro Ponto: A gerência científica é a dimensão estratégica do taylorismo. Na aula passada, vimos como o taylorismo, através do sistema de análise de tempos e movimentos, permitiu o confisco do saber operário por parte da direção. Primeiramente, vamos insistir sobre o papel do taylorismo na sua dimensão social, quer dizer, o seu papel no que concerne a relação capital-trabalho e isto a partir do estudo do caso dos Estados Unidos, numa época bem precisa do capitalismo americano, quando foi introduzido o taylorismo. Para tanto, é necessário ter uma idéia bem precisa sobre o estado dessa relação capital-trabalho no momento da introdução do taylorismo nos