Fonética
Carlos Fernandes
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Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal)
1.Introdução
Uma característica patente em todas as línguas é o facto de não serem faladas da mesma forma por todos os seus usuários. Não é um sistema homogéneo, é um elemento que caminha conjuntamente com a humanidade adaptando-se e reajustando-se ao longo do tempo e no espaço para satisfazer as necessidades de comunicação e expressão, individual e colectiva dos seus usuários.
São inegáveis as diferenças que existem dentro de uma comunidade de fala. Basta pegarmos no nosso carro e avançarmos no espaço para constatarmos essas diferenças. Ou até mesmo gravamos uma conversa com o juiz do supremo tribunal e uma outra com o nosso vizinho. Toda a língua é falada conforme uma série de factores sociais: se o falante é homem ou mulher, se vive no campo ou na cidade, se é jovem ou velho, se é rico ou pobre, se estudou muito pouco ou nada, o tipo de profissão, os grupos com os quais convive… Tudo isto interfere e condiciona com a fala do indivíduo.
“Língua é um sistema gramatical pertencente a um grupo de indivíduos. Expressão da consciência de uma colectividade, a língua é o meio por que ela concebe o mundo que a cerca e sobre ele age. Utilização social da faculdade da linguagem, criação da sociedade, não pode ser imutável: ao contrário, tem de viver em perpétua evolução, paralela à do organismo social que a criou” (Celso Cunha, 1984)
Dentro deste segmento e tomando como ponto de partida estas ideias, procurarei analisar a variação dialectal de um falante natural da Madeira mas a viver actualmente no distrito do Porto. 2. Transcrição fonética
Transcrição fonética
Ficha de Identificação do Falante
Idade (em anos) na data da recolha: | Idade:42Ano de nascimento:1967 | Sexo: | Masculino:Feminino: x | Se não concluiu o ensino superior:Ano de escolaridade mais