FOLMOL
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FORMOLMuita gente recorre ao formol às vezes até de maneira ilegal em busca de um cabelo liso. Porém, seu uso pode trazer sérias repercussões à saúde e não é só na cabeça. André Biernath\
O fio dissecado
O cabelo é dividido em três partes: a cutícula, mais externa, é irregular, com pedaços que se sobrepõem; o córtex, feito de queratina, responde pelo formato das madeixas; a medula, a porção central, não tem uma função conhecida.
Origem capilar
A estrutura da cabeleira é definida pela genética:
Mongoloide
É o cabelo 100% liso, comum nos asiáticos. Por motivos óbvios, não precisa de alisamento.
Caucasoide
Fica num caminho intermediário, apresentando algumas ondulações. Costuma brotar na cabeça dos europeus.
Negroide
Típico de afrodescendentes, são os fios mais crespos, totalmente enrolados.
Calor
O uso de temperaturas altas, por meio de aparelhos como as pranchas e as chapinhas, destrói as pontes de hidrogênio, estruturas que ficam no córtex e definem o caimento do fio. Esse procedimento não é muito indicado, pois queima as camadas externas.
Água
É natural que, ao tomar banho ou molhar a cabeça, o cabelo fique mais liso. Isso acontece porque o H2O desorganiza as chamadas pontes salinas, também no córtex. Basta as madeixas secarem para que tudo volte aos seus parâmetros usuais.
Formol
Sua fórmula é simples: hidrogênio, carbono e oxigênio. Ele é empregado nas mais diferentes situações. Uma das aplicações mais conhecidas é a conservação de corpos para fins científicos, como os utilizados nas aulas de anatomia. Inclusive, seu poder alisante surgiu nesse contexto. Técnicos de laboratório observaram que os cadáveres ficavam com os pelos lisinhos quando eram embebidos em formol. Daí, para a descoberta atravessar os muros das universidades e chegar aos salões de beleza foi um pulo. Só que o formol traz danos irreversíveis à saúde, inclusive a dos fios.
Como o formol age
Substâncias como a amônia, presente nos produtos de