flores venesosas
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Belas e perigosas: plantas decorativas podem ser venenosas e até matarA analista de marketing, Claudiana Costa, de 29 anos, tem quatro cães. Todos são tratados como filhos. E como toda mãe, que vive com os olhos atentos, percebeu que a vira-lata Lupita não estava bem. "Moro ao lado dos meus pais e deixo os cães na casa deles, todos os dias, para ir trabalhar. Num dia, quando fui buscá-los, percebi que a Lupita estava diferente, agitada, ofegante, coração disparado e engasgando", conta. A cadela foi levada às pressas para a clínica veterinária, onde foi examinada e se constatou intoxicação alimentar. Nesse momento, o marido de Claudiana lembrou de ter visto o animalzinho mordiscando uma planta diferente no quintal do sogro.
A espécie em questão é a erva-de-guiné, popularmente conhecida por espantar mal olhado e utilizada em banhos aromáticos. O problema é que a raiz é tóxica e pode provocar excitação e alucinações. Se for ingerira continuamente, gera convulsões e até a morte. Lupita ficou internada por três dias, e fez um tratamento para reverter lesões no rim durante um mês. "A sorte foi que a socorremos rapidamente", afirma Claudiana, que hoje inspeciona o quintal do pai e, em casa, mudou os vasos de plantas para um local fora do alcance dos cães.
Várias flores e vegetais folhosos comuns nos lares brasileiros representam um verdadeiro perigo. As plantas leitosas, que, se quebradas, liberam um líquido leitoso, como a coroa-de-cristo, muito usada em jardins externos, e a bico-de-papagaio, típica na época do natal, por sua folhagem vermelha, podem causar lesões na pele e nas mucosas, inchaço de lábios, boca e língua, dor, queimação e coceira. A mamona, que já fez parte da infância de muita gente, por ter bolinhas espinhosas boas para brincar de “guerra”, e o caule oco, usado como canudo para fazer bolinhas de sabão, é extremamente venenosa. A semente tem ricina, uma toxina que é letal se ingerida. Em casos menos graves, esse elemento ocasiona queimação