Florence
Capítulo 3
AVALIAÇÃO DA DOR
Rioko Kimiko Sakata *
Marcelo KenIti Hisatugo **
Solange Sunire Aoki ***
Roberto Vlainich ****
Adriana Machado Issy *****
Introdução
A dor é uma experiência multidimensional pessoal, e engloba muitos componentes sensoriais e afetivos. Envolve sofrimento e alterações comportamentais, sendo influenciada por inúmeros fatores. Dessa forma, torna-se difícil a avaliação das síndromes dolorosas.
A avaliação visa detectar a presença de dor, estimar o impacto sobre o indivíduo e determinar a eficácia dos tratamentos. Para que a terapêutica seja adequada, o diagnóstico deve ser correto.
* Profa Adjunto e Responsável pelo Setor de Dor da Disciplina de Anestesiologia,
Dor e Terapia Intensiva da UNIFESP-EPM
** Neurocirurgião do Setor de Dor - UNIFESP-EPM
*** Médica Fisiatra do Setor de Dor- UNIFESP-EPM
**** Médico Anestesiologista, preceptor de Centro Alfa- UNIFESP- EPM
***** Profa Adjunto da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva da
UNIFESP-EPM
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DOR
É importante que o paciente seja informado sobre as etapas da avaliação e dos tratamentos, pois sua colaboração é fundamental.
A avaliação da dor deve incluir: história detalhada, exame físico geral, exames laboratoriais adequados, exames radiológicos apropriados e diagnóstico diferencial.
Os dados devem ser coletados para a obtenção dos diagnósticos: regional, anatômico, etiológico, patológico e funcional.
História
A história é a parte mais importante, pois provê informações sobre os possíveis mecanismos da síndrome e também sobre o estado emocional e psicológico do paciente1. Já durante a anamnese é possível observar o aspecto, o comportamento doloroso e a reação emocional do paciente.
Durante a entrevista, devemos utilizar uma linguagem compreensível para o nível intelectual do doente.
O passo inicial da história é deixar o doente fazer um relato sobre a dor, pois é importante a atenção do médico à queixa de seu