Florbela Espanca
1894-1930
“Tão pobres somos que as mesmas palavras nos servem para exprimir a mentira e a verdade.” A vida de Florbela Espanca
Nascida a 8 de Dezembro de
1894 em Vila Viçosa, a poetisa recebeu o nome Flor Bela de
Alma da Conceição. Foi baptizada como filha de pai incógnito.
Apenas mais tarde, dezoito anos
após a sua morte, o seu pai, João
Maria Espanca, a reconheceu como filha em cartório, recebendo assim o apelido
Espanca.
Florbela começou a escrever muito
cedo, e os temas eram também precoces, como “A vida e a morte” que escreveu com apenas oito anos.
Teve uma vida muito conturbada,
com desilusões amorosas e a morte do irmão num acidente, Apeles
Espanca, a quem ela era muito ligada. Estes factos marcaram a vida e obra da poetisa.
A poetisa sofria de graves
problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica. Em 1930 o estado da sua saúde agravou-se e Florbela morreu em Matosinhos, sendo a causa oficial um edema pulmonar. Contudo, segundo algumas biografias de
Florbela, a poetisa suicidouse por ingestão de remédios ou até mesmo com um tiro.
A obra de Florbela Espanca
Florbela Espanca escreveu
vários tipos de obras: poesia, contos, um diário e epístolas.
Com temática amorosa, as
suas obras têm presente solidão, tristeza, saudade, sedução, desejo e morte.
Muitas vezes a poetisa também referiu a sua terra natal (no soneto “No Meu
Alentejo”)
Durante a sua vida apenas foram
publicadas duas obras :
- Livro de Mágoas (1919),
- Livro de Sóror Saudade (1923)
Após a sua morte foram
publicadas as seguintes obras:
- Charneca em Flor (1930)
- Cartas de Florbela Espanca
(1930)
- Juvenília (1930)
- As Marcas do Destino (1931)
- Cartas de Florbela Espanca
(1949)
- Diário do Último Ano Seguido
As inquietações de Florbela
eram o amor, o feminismo, a tristeza, a saudade, deixando de parte tudo o que acontecia no mundo social e na política. (por