Flexão dos substantivos compostos
A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si.
Aqueles que são grafados ligadamente (sem hífen) comportam-se como os substantivos simples:
aguardente/aguardentes malmequer/malmequeres girassol/girassóis pontapé/pontapés O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir.
Nos compostos em que o primeiro elemento é um verbo ou uma palavra invariável (normalmente um advérbio) e o segundo elemento é um substantivo ou um adjetivo, coloca-se apenas o segundo elemento no plural:
beija-flor/beija-flores alto-falante/alto-falantes bate-boca/bate-bocas grão-duque/grão-duques sempre-viva/sempre-vivas Assemelham-se a esses substantivos aqueles formados pelo acréscimo de um prefixo ligado por hífen:
vice-presidente/vice-presidentes abaixo-assinado/abaixo-assinados auto-elogio/auto-elogios recém-nascido/recém-nascidos ex-namorado/ex-namorados
Nos compostos em que os dois elementos são variáveis, ambos vão para o plural:
guarda-civil/guardas-civis bóia-fria/bóias-frias cota-parte/cotas-partes sexta-feira/sextas-feiras mão-boba/mãos-bobas peso-mosca/pesos-moscas Nos casos em que o segundo elemento dá idéia de finalidade ou semelhança ou limita o primeiro, manda a tradição que só se pluralize o primeiro. Note que isso se restringe aos substantivos compostos formados por dois substantivos:
pombo-correio/pombos-correio salário-família/salários-família banana-maçã/bananas-maçã escola-modelo/escolas-modelo café-concerto/cafés-concerto navio-escola/navios-escola A tendência na língua portuguesa atual do Brasil é a pluralização dos dois elementos mesmo nesse caso. É o que se nota quando se consulta o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, em que