Fitorremediação
O uso do termo phytoremediation (phyto = vegetal + remediation = remediação) é recente, tendo sido estabelecido em 1991 para definir o uso de vegetais e dos microrganismos a eles associados, como instrumento para contenção, isolamento, remoção ou redução das concentrações de contaminantes em meio sólido, líquido ou gasoso. Está área de estudo tomou impulso nos últimos 10 anos, quando se verificou que a zona radicular das plantas apresenta a capacidade de biotransformar moléculas orgânicas exógenas. A rizosfera, como é denominada esta zona, tem sido desde então estudada por sua importante função de utilizar moléculas poluentes como fonte de nutrientes para os diversos microorganismos que coabitam essa região.
As substâncias alvos da fitorremediação incluem metais, compostos inorgânicos, elementos químicos radioativos, hidrocarbonetos derivados de petróleo, pesticidas e herbicidas, explosivos, solventes clorados e resíduos orgânicos industriais, entre outros.
A fitorremediação oferece várias vantagens que devem ser levadas em conta. Grandes áreas podem ser tratadas de diversas maneiras, a baixo custo, com possibilidades de remediar águas contaminadas, o solo, e subsolo e ao mesmo tempo embelezar o ambiente.
Entretanto, o tempo para se obter resultados satisfatórios pode ser longo. A concentração do poluente e a presença de toxinas devem estar dentro dos limites de tolerância da planta usada para não comprometer o tratamento.
Fitorremediação no Brasil (Manoel)
Tendo em vista as condições climáticas mais favoráveis e a biodiversidade existente, comparativamente às regiões de clima temperado, o Brasil apresenta grande potencial de uso dessa tecnologia. O País conta também com a flora mais diversificada do mundo, com número superior a 55 mil espécies descritas, o que corresponde a 22% do total mundial (BRASIL, 2002). Além disso, embora não se tenha ideia dos investimentos globais com despoluição no País, pode-se dizer que os investimentos