Fitoplancton como indicador
Existem vários trabalhos relacionando a diversidade e abundância de fitoplânctons e o estado trófico de ecossistemas aquáticos. A teoria mais aceita se refere ao número de espécies em lagos oligotróficos e eutróficos.
Em lagos eutróficos (que tem como características: são rasos com altas temperaturas e pouco variáveis, alta taxa de ciclagem de nutrientes, alta taxa de renovação de biomassa e alta taxa de produção) acredita-se que o número de espécies é menor e o número de indivíduos é elevado. Lembrando que esta hipótese não tem caráter geral, por exemplo, lagos eutróficos situados em regiões litorâneas desenvolvidas apresentam um grande número de espécies de macrófitas aquáticas.
Já os lagos oligotróficos (que tem como característica: são profundos com baixas temperaturas e muito variáveis, baixa taxa de ciclagem de nutrientes, baixa taxa de renovação de biomassa e os valores de produção são variáveis, com predominância dos baixos valores) há divergências a respeito da diversidade, ocasionada por possíveis erros na identificação e contagem de espécies porque uma amostra com um alto número de indivíduos de uma espécie podem mascarar outra espécies com um número menor de indivíduos.
Biomassa e taxa de produtividade também tem sido variáveis utilizadas como indicadores do estado trófico de ecossistemas aquáticos, sendo possível por causa das novas técnicas de avaliação mais precisas.
Então, o fitoplâncton é um bom indicador do estado trófico, porém, sempre tem que ser estudado com cuidado.
Resposta baseada em: ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2011. 826 p.