Fitopatologia
As culturas exploradas economicamente são infectadas por inúmeros fitopatógenos e, dentre estes, estão os fungos que habitam o solo. Eles causam sérias doenças e, dependendo do patógeno, ocasionam lesões nos órgãos de reserva (frutos, sementes, etc.), no caule, nas raízes, no sistema vascular (xilema), tombam plântulas ou plantas bem desenvolvidas e ainda, dependendo da intensidade da doença, levam as plantas a morte.
Essas doenças propiciam queda de produção e, conseqüentemente, prejuízos financeiros para os produtores. Exemplos de fungos de solo são:
Fusarium
sp.,
Macrophomina
phaseolina,
Sclerotium
sp.,
Sclerotinia
sclerotiorum, Verticillium dahliae, Rhizoctonia sp., Phytophthora sp., Pythium sp. e Plasmodiophora brassicae. Os sintomas comumente causados, dependendo do fungo e da sua planta hospedeira, são: a) podridão seca e mole; b) tombamento (“damping-off”) de pré e pós-emergência de plântula; c) podridão de raízes ou radicelas, que ficam enegrecidas; lesões escuras ou avermelhadas, com reentrância no caule, situadas imediatamente abaixo ou acima da superfície do solo, tudo isso acarretando sintomas reflexo na parte aérea das plantas (folhas amareladas e murchas); d) escurecimento ou avermelhamento do sistema vascular, refletindo sintomas também na parte aérea das plantas (o desenvolvimento do fungo dentro do xilema impede o fluxo de água até as folhas, levando as mesmas a amarelar e murchar); e) galhas nas raízes, semelhantes a um inchamento ou protuberância, causando sintomas reflexos também na parte aérea das plantas (Kimati et al., 1997;
Bergamin Filho et al., 1995).
Através de observações de como o patógeno se relaciona com a sua planta hospedeira, Whetzel et al. (1925) e Whetzel (1929) citados por Kimati e
Bergamin Filho (1995), sistematizaram sete princípios biológicos gerais que levam ao manejo de doenças de plantas: exclusão (prevenção da entrada de um patógeno em uma área); erradicação