Fitopatologia geral
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MICORRIZA ARBUSCULAR E RIZÓBIOS NO ENRAIZAMENTO E NUTRIÇÃO
DE MUDAS DE ANGICO-VERMELHO 1
Poliana Coqueiro Dias 2, Muriel da Silva Folli Pereira3, Maria Catarina MegumiKasuya 4, Haroldo
Nogueira de Paiva 5, Leandro Silva de Oliveira6 e Aloisio Xavier 5
RESUMO – O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da inoculação dos fungos micorrízicos arbusculares
(FMAs) e rizóbio no enraizamento, crescimento e nutrição de mudas de angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan) propagadas via miniestaquia. Foram utilizadas seis progênies, das quais foram confeccionadas miniestacas com um par de folhas inteiras, bem como tubetes de 55 cm³ contendo substrato comercial Bioplant®. Foram testados quatro tratamentos: 8 kg m-3 de superfosfato simples (SS) misturados ao substrato; 4 kg m-3 de SS misturados ao substrato; 4 kg m-3 de SS misturados ao substrato e adição de suspensão contendo rizóbios; e 4 kg m-3 de SS e adição de suspensão contendo rizóbios e 5 g de solo contendo esporos de FMAs. Não houve interação entre os tratamentos para percentagem de sobrevivência das miniestacas e percentagem de miniestacas com raízes observadas na extremidade inferior do tubete, na saída da casa de vegetação
(30 dias) e da casa de sombra (40 dias), provavelmente em função do sistema radicular ainda estar em formação.
Houve diferenças entre as progênies para percentagem de sobrevivência das miniestacas, percentagem de miniestacas com raízes observadas na extremidade inferior do tubete, altura, diâmetro de colo e massa seca da parte aérea.
As avaliações das características de crescimento das miniestacas enraizadas, principalmente com relação à sobrevivência a pleno sol (140 dias), evidenciam a eficiência dos rizóbios e FMAs na produção de mudas desta espécie. Conclui-se que a associação simbiótica com rizóbio e/ou FMA favorece a produção de mudas de A. macrocarpa via miniestaquia.