fisiopatologia da cirrose hepatica
A cirrose hepática trata-se de uma doença crônica que é caracterizada por destruição difusa e regeneração fibrótica das células hepáticas. É duas vezes mais comum em homens que em mulheres e é especialmente predominante entra as pessoas subnutridas acima de 50 anos de idade e sob alcoolismo crônico.
Entre os órgãos que mais sofrem com está patologia está o fígado, órgão único, que em estado saudável é descrito como laboratório químico do organismo, pois desempenha múltiplas funções, entre as quais a de síntese, armazenamento, desintoxicação e apresenta uma importante capacidade de regeneração. O consumo abusivo do álcool produz uma substância denominada de acetaldeído, que é muito tóxica ao fígado, provocando danos hepáticos gravíssimos e na maioria das vezes irreversíveis.
O fígado daqueles que exageram no consumo contínuo do álcool, tem na sua história clínica, quatro fases distintas (figura 1). A primeira fase caracteriza-se pela presença de deposição de gordura no fígado (esteatose hepática); a segunda pela fase de inflamação aguda do fígado (hepatite aguda alcoólica); a terceira pela fibrose do fígado (formação de tecido fibroso); e, finalmente, a quarta é a fase de cirrose alcoólica (NAKAMOTO,
TAKAHASHI, MENDES, CARDOSO, 2005; FONSECA, 2009).
As células hepáticas destruídas são substituídas por células fibróticas em um processo denominado regeneração fibrótica. À medida que o tecido necrótico fica fibrótico, formam-se nódulos regenerativos e o parênquima hepático sofre alterações fibróticas extensas irreversíveis. A doença altera a estrutura e a vascularização hepática normais e prejudica os fluxos sanguíneos e o linfático, acabando por causar insuficiência hepática (FRIEDMAN, 2001).
A cirrose hepática relacionada ao álcool, a exemplo das cirroses de outras etiologias, pode surgir por meio de complicações, como: hemorragia digestiva, ascite, encefalopatia ou icterícia, mas um significativo contingente de