Filosofia e ética na administração
Vamos também valorizar as pessoas, dando a cada uma a possibilidade de participar efetivamente da empresa, não só, demagogicamente, através de uma parcela de seu resultado econômico, mas principalmente através da participação na construção de seus resultados (Balanço Social).
Vamos valorizar a pequena empresa, aquela em que o relacionamento humano ainda prevalece e as pessoas não se transformam em peças de engrenagens.
Vamos valorizar a obra de nossas próprias mãos, o nosso próprio trabalho, fazendo-o simplesmente bem feito, deixando para lá o “quebra-galho” e o “mais
“ou menos”.
Vamos valorizar nossas escolas e universidades, nossos meios de comunicação social, nossas famílias, fazendo deles muito mais do que focos de preocupação econômica, mas locais de transmissão de valores éticos que tanto abandonamos nestas últimas décadas.
Vamos valorizar o futuro, as gerações de nossos filhos e netos, que têm o direito de esperar que nossa avidez, nossa ganância e nossa sede de lucro imediato não inviabilizem o mundo que lhes deixarmos.
Pessoalmente, estou convencido de que, além de estar na origem de qualquer ação voltada para a Responsabilidade Social Empresarial, tão comentada nestes tempos, a vivência de uma Ética Empresarial é absolutamente indispensável para que o Brasil possa participar de forma positiva do processo de globalização que está em curso.
Acredito que no Brasil como em qualquer outro país, é possível ter lucro e continuar sendo ético ou vice-versa, ser ético e continuar tendo lucro. Ouvi uma vez uma comparação muito interessante entre o lucro e o ar que se respira. É impossível uma pessoa sobreviver se parar de respirar, como é impossível uma empresa