Filosofia platônica.
(administração) de um Estado. Da mesma forma que a medicina deve ser exercida por aquele que conhece a arte da cura, a navegação por homens que conhecem a arte náutica, a política deve ser exercida por homens que tenham conhecimento e instrução necessários ao exercício desta função. O político, no sentido que entende Platão, deve ser alguém capaz de realizar sua função por suas atribuições, qualidades e sua distinção pelo saber: deve, melhor do que ninguém, promulgar leis justas, sábias e boas; deve conhecer a justiça e o bem, pois só assim poderá realizar a tarefa que lhe cabe; deve, ele próprio, ter conquistado o conhecimento da
Idéia do Bem e isso porque o fim supremo do homem – e com ele o da sociedade – é realizar, o quanto possível, o Bem, por intermédio de uma vida virtuosa forjada no autêntico sabe. Aristóteles, discípulo de Platão, entende que a política é uma ciência prática e como tal, deve refletir sobre o Estado: as formas de governo, os tipos de constituições, sua composição, origem, função, finalidade etc. Para ele, as instituições políticas devem ser capazes de assegurar o bem comum, entendendo-se por este, a felicidade. A ciência política em Aristóteles, enquanto ciência prática, é a mais elevada de todas, pois trata do Bem
Supremo, por isso, ela é a magna ciênci . Além disso, a política está diretamente relacionada com a moral, pois sendo o fim último do Estado a felicidade, e esta uma atividade conforme a razão e a virtude, então, aquele fim coincide com a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto dos meios necessários para isso. Apesar de argumentar contra Platão em diferentes pontos Aristóteles parece concordar com seu mestre: a finalidade que buscamos por si mesma (o bem) deve ser efetivada na cidade, uma vez que na cidade está a finalidade como algo maior e mais completo. A associação política tem