Filosofia patristica e escolastica
A filosofia cristã
A Idade Média compreende o período que vai da queda do Império Romano (séc. V) ao séc. XV. São 10 séculos ou mil anos de história, em que se consolida o feudalismo, com a nobreza no poder.
Esse período é marcado pela força espiritual e política da Igreja católica. A nobreza é ignorante, o conhecimento fica restrito aos mosteiros. A grande questão discutida é a relação entre a fé e a razão, entre filosofia e teologia.
Filosofia Patrística (século I ao VII):
Inicia-se com as Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João. A Patrística vem dos apóstolos Paulo e João e também de Padres da Igreja, que foram os primeiros dirigentes espirituais e políticos da Igreja após a morte dos apóstolos. Com o desenvolvimento do cristianismo, tornou-se necessário explicar seus preceitos às autoridades romanas e ao povo. Não podia ser pela força, mas tinha que ser pela conquista espiritual.
Os primeiros pensadores padres elaboraram textos sobre a fé e a revelação cristã. Buscaram conciliar o cristianismo ao pensamento filosófico dos gregos, pois somente com tal conciliação seria possível convencer e converter os pagãos da nova verdade. Tenta basear a fé em argumentos racionais.
A filosofia patrística tem a tarefa de evangelizar e defender a religião cristã contra os ataques teóricos e morais do pensamento antigo.
A filosofia patrística introduz idéias novas: a criação do mundo por Deus, pecado original, Deus e a trindade una, encarnação e morte de Deus, juízo final, ressurreição, origem do mal.
As idéias cristãs eram impostas pelos Padres por meio das verdades reveladas por Deus, eram verdades irrefutáveis e inquestionáveis: os dogmas.
O grande tema de toda a filosofia patrística era conciliar razão e fé.
Santo Agostinho - O principal nome da patrística é Santo Agostinho (340-430), bispo de Hipona, uma cidade no norte da África. Santo Agostinho retoma a dicotomia de Platão, mundo sensível e mundo