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10. Apresentar as objeções de Gettier à definição de conhecimento.
Gettier publicou um artigo onde escreveu contraexemplos à teoria da crença verdadeira justificada, isto é, que mostram que a teoria da crença verdadeira justificada não descreve adequadamente o conhecimento, uma vez que é possível deduzir proposições verdadeiras de proposições falsas. Os contraexemplos de Gettier têm por base argumentos dedutivos, mas é possível fazer o mesmo com argumentos não dedutivos. Ex. Suponhamos que Ana olha para o seu relógio de pulso, cujos ponteiros mostram ser 9h. De facto, são realmente 9h. Mas o relógio esta parado e mostra apenas por acaso a hora certa. As condições de conhecimento tradicional são realmente satisfeitas: é verdade que são 9h, Ana crê nisso e inclusive pode justificar isso dizendo que acabou de consultar o seu relógio. Mas ela não sabe realmente que horas são.

11. Distinguir juízos a priori de juízos a posteriori; conhecimento à priori de conhecimento a posteriori; fenómeno de númeno.
Juízos a priori: são aqueles que o predicado nada acrescenta ao sujeito e cuja verdade é passível de ser conhecida independentemente de qualquer experiência. Estes juízos são universais e necessários porque são verdadeiros em qualquer circunstância, e ao serem negados estamos a entrar em contradição .
Juízos a posteriori: são aqueles que o predicado acrescenta algo ao sujeito e cuja verdade só pode ser conhecida através da experiencia. Estes juízos não são universais e são contingentes podendo ser falsos e ao serem negados não implicaria entrar em contradição.
Conhecimento a priori: baseia-se em juízos a priori e origem apenas na razão, não sendo necessário recorrer à experiencia para o saber. Ex. A=A, 2+2=4
Conhecimento a posteriori: baseia-se em juízos a posteriori e tem origem na experiencia, é o conhecimento empírico.
Fenómeno: é a “coisa para nós”, ou seja, é o nosso conhecimento da realidade que é sempre limitado pelo espaço e pelo tempo.