Filme tempos modernos
Filme: Tempos Modernos (Modern Times)
Direção: Charles Chaplin, Delanco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Tiny Sandford, EUA, 1936.
Leia a crítica apresentada a seguir, assista ao filme e responda às perguntas formuladas abaixo.
Analisando "Tempos Modernos".
Por João Luís Almeida Machado*
Disponível em: >. Acesso em: 23 jul. 2008.
A palavra "Clássico" carrega em si o conceito daquilo que é eterno, que possui uma série de características que o tornam imortal, entre o que poderíamos considerar como sendo básico em termos de apresentação num produto cultural que carrega esse "rótulo" estaria à linguagem (inovadora, elaborada, provocativa, sedimentada, que atinge a todos, que está sempre em dia mesmo muito depois de produzida), a forma (esteticamente renovadora, revolucionária, que fala e atinge todos os sentidos) e o conteúdo (idéias, conceitos, propostas, teses - todas a nos fazer pensar, refletir).
Um filme como "Tempos Modernos", de Charles Chaplin (que por si só já pode ser considerado um clássico, pois conseguiu ao longo de toda a sua produção realçar a linguagem, a estética, o formato e o conteúdo das produções cinematográficas, sendo considerado por muitos como um dos maiores, senão o principal, entre todos os cineastas do século XX) se ajusta como uma luva no conceito de clássico.
Há várias seqüências que são geniais desde o princípio do filme. Entretanto, as que ocorrem dentro das fábricas constituem-se em trechos antológicos, que se não estão, deveriam ser colocados entre os mais importantes e significativos da história do cinema mundial, como por exemplo, o trecho em que Carlitos (o personagem símbolo das criações de Chaplin) é engolido pelas engrenagens das máquinas da empresa onde trabalha como operário ou, numa etapa posterior da história, quando um mecânico (com o qual trabalha Carlitos) fica preso no meio do maquinário.